segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mensagens...


E ergues tuas mãos, meu guardião...


Num gesto que se poderia dizer que de mim,
                pois por mim 
começas...

O momento que nos cerca,
áureo se faz, feito como se com tuas mãos a luz do sol não mais se pudesse conter nas nuvens que ali estavam e se fizesse Mensagem...

Em silêncio faço que entendo,
em silêncio entendo Tudo como parte inerente desse não entender ilimitado
em silêncio, eu não entendo nada.
Nada que não seja a compreensão do lugar e do estar onde se está há tanto,
no Silêncio, o Guru entre os gurus, o Sábio entre os sábios.

Fico. E é muito.

Mensagem, o Presente de um Anjo.
Um Instante destacado duma eternidade doutros instantes...

Se Deus há, certamente és serafim –  na compreensão que agora me toca
que essa luz Só-Ela só pode ser a única coisa que separa essas coisas grandes do pensamento que a gente faz,
essas coisas de Deus e Serafim...

Essas coisas de luzes, de seres, de imaginações; essas quimeras que se montam nos nossos intentos, nos intentos seus que eu faço em minha loucura...
...e vêm clarear, e vêm destacar os meus gestos tão vazios, tão parados e inauditos desse lugar, desse lugar onde mora a promessa de um lugar em destaque, uma diferença...

Tocado por essa luz, tudo avesso é,
como a mortalha cobrindo o rosto morto,
que, desvelado revela a face de um deus vivo
luminoso...

feito a luz primeva.



A. do Carvalho...

Linhas...